herculano alencar Amigo Prata
Data de inscrição : 16/07/2009 Localização : São Paulo
| Assunto: A filosofia em cordel Seg Dez 21, 2009 3:34 am | |
| A filosofia em cordel (Baseado no livro de James Mannion: “O livro Completo da Filosofia”) I capítulo:Dos monistas a Aristóteles No período pré-Socrático, Quando em pedra se escrevia, Embora de modo arcáico -Pois o papel num existia- Nasceu a filosofia No pensamento monista: Primitivos cientistas, Como Tales de mileto, Balançaram esqueletos Dos mitos politeístas. Precursor e avalista Da ciência natural, Sob seu ponto de vista, A água é fundamental: O elemento vital De toda a mãe natureza! Viveu na sua proeza Até a morte chegar, Se não sabia nadar, Disso não tenho certeza! Outro ser de mente acesa, Um tal Pitágoras era: Homem de boa cabeça Muito adiante de sua era. Fez "Música nas esferas", Formulando um teorema. Matemático da gema Cria em reencarnação, Já que a matéria é fração E, ainda assim, bem pequena. Heráclites, Parmênides, Anaximandro, Zenão, O ar de Anaxímenes Com a alma no pulmão Fez do espirro de então Surgir o "Deus abençoe!", Pra que a alma não voe Deixando o corpo na mão. Se fiz qualquer confusão, Que o leitor me perdoe. E por favor não caçoe Dos versos de pé quebrado. Escrevo aquilo que soe -Para um homem letrado- Um cordel estruturado Dentro da literatura, Por que a essas alturas Eu já cheguei na idade De informar a verdade Para a geração futura. Seguindo, pois, a leitura Vou falar dos pluralistas: Essas nobres criaturas Que precederam os sofistas. Empédocles,o analista, Fez dos quatro elementos (fogo, água, terra e vento) As raízes da matéria, Como o sangue nas artéria, Da vida, os alimentos. Uma dupla conhecida Como "Dueto Atômico" Fez da matéria partida Um fragmento eletrônico. Os dois eram antagônicos: Demócrito, o risonho; Leucipo, sério e tristonho, com tanta sabedoria, Aventaram, em teoria, O invisível tamanho. Deixaram seu patrimônio Para a ciência hodierna, Pois o átomo d'antanho, -Uma grande descoberta- Deixou uma porta aberta Para outros cientistas E outros pontos de vista no progresso da ciência, Aclarando a consciência Pra descobrir novas pistas. A seguir vêm os sofistas, Camelôs de pesamento. A versão capitalista De dúbio comportamento. Chegados num fingimento, -Mercadores de ilusão- Tinham sempre a solução, A resposta convicente, Pra todo tipo de gente, Que lhe pagasse a sessão. Protágoras foi o primeiro, Depois Górgias, o niilista; Pródico, tal qual banqueiro, Cobrava consulta à vista. Todos foram mui artistas E mestres no retorismo; Donos de muito cinismo E enorme sabedoria, Criaram a filosofia Do insofismável sofismo. Terminado o pluralismo, -com a ética arbritária- O imoral relativismo E sua lógica temerária Foi parar na funerária. Desta feita entrou em cena, Na cidade de atenas, O filho duma parteira, Uma "mosca-da-madeira" Tão feio que dava pena. Sua vida, um dilema! "Um cavalheiro do ócio"! Nunca pôs a mão na pena Pois não era o seu negócio. Também nunca teve sócio; Vagava pela cidade Ensinando a mocidade A sua filosofia. Fosse de noite ou de dia Vivia atrás da verdade. Não tinha muita vaidade! Sócrates, um andarilho, Nunca perdeu o brilho Tampouco a dignidade. Homem de grande humildade, Não arrotava grandeza Não perseguia a riqueza, Apenas sabedoria; A si mesmo conhecia, Mas nunca dava certeza. Julgado pela nobreza Por crime de impiedade, Fez sua autodefesa Com enorme hombridade; Sem faltar com a verdade, Sem trair seu ideal, Teve a pena capital Sentenciado de morte. Mas não maldisse da sorte Na sua viagem astral. Legou o seu cabedal Pra futura geração Até no mundo atual Na carcunda de Platão, Que manteve a tradição Da sua filosofia, Fundando a academia Baseado em "A caverna", Uma visão mais moderna Do que mestre fazia. As formas, Platão dizia, São idéia estruturada. Todo o resto é poesia, Não contribui para nada. Até parece piada! Mas pela sua visão, A arte era a prisão Do mundo material; Corrompia o ideal Cegando a percepção. Na “República de Platão”, Sua obra magistral, Pelo sim e pelo não, Etecetera e coisa e tal: Uma classe social Daria sustentação, e todo o poder nas mãos para o Filósofo-rei, o qual, em nome da lei, governaria a nação. Tamanha contradição Rezava sua utopia, Que pobre e pobretão, Nem estudar poderia. E, pela sua utopia, Na sociedade perfeita A casta que era eleita, Era Aristocracia. Falar em democracia, Até parece desfeita. Depois que Platão se deita No berço da eternidade, Aristóteles dá receita Da pontecialidade: Evolução de verdade Em busca da perfeição... O universo em progressão... A externa cosmogonia.... Patética filosofia Seu desafio a Platão. Na sua concepção: A verdadeira amizade Enobrece o cidadão E traz a felicidade; Era uma obscenidade A prática vil da usura; Julgava que a criatura Era um animal social; Na política, afinal, Foi um grande “linha dura”. | |
|
Odir, de passagem Amigo Prata
Data de inscrição : 11/07/2009
| |
Vilma Piva Amigo Diamante
Data de inscrição : 02/07/2009 Localização : Araras - SP
| |
herculano alencar Amigo Prata
Data de inscrição : 16/07/2009 Localização : São Paulo
| Assunto: Re: A filosofia em cordel Sex maio 07, 2010 6:25 am | |
| Grato pelo carinho dos amigos, Herculano | |
|
Conteúdo patrocinado
| Assunto: Re: A filosofia em cordel | |
| |
|