Tere Penhabe Amigo Bronze
Data de inscrição : 02/01/2010 Localização : Santos SP
| Assunto: O karma da Bêra Mar Sex Jan 08, 2010 8:33 am | |
| O KARMA DA BÊRA MAR (Terê das Bêra Mar)
Era uma veiz marfadada nesse mundão do sem fim, que eu fiz uma bestagi maió nunca vi assim. Pramodi disabafá eu vô aqui lhes contá tudo tim tim pur tim tim.
Lá de Santa Catarina, veio duma amiga minha, presente meio de grego, mais a moça é boazinha. Mi mandô uma galinhada, e contra, eu num tenho nada, mais óia... foi o fim da linha!
Bem na hora que chegaro, eu cá, de quexo caído, iscutei um zum zum zum, era a voiz dargum marido. Saí na minha jinela, (purtanto qui a curpa é dela,) pá sabê do aconticido.
O homi tava uma fera, um compreto incapetado, dicerto levô argum chifre, módi que tava infezado. E xingava sem pará, a muié do ladilá achei que tinha matado.
Chamava ela de piranha, discomposta, farabuta, dizia que inté a mãe dela, já traçara dessa fruta. Mai a porca torceu o rabo, juntô baba no quiabo, quando eli ingrossô a disputa.
Chamô ela de galinha... Afffffffe, eu emputeci! Oiano aqui na mia tela, vi as tar que recebi. Tão meiguinha as cuitadinha, balançano as cabecinha, pulano que nem saci.
O vizinho incapetado, xingava lá no seu canto, aquilo foi mi imbirrano que afinar eli num é santo. E as pobre das penosa, nunca foro disonrosa, prele ofendê dessi tanto.
Tomei da minha caneta, e nem pensei duas veiz, fiz manifesto bem feito, traduzí pro caipireiz. Tenho cara de marmota, mai porém sô poligrota, falo inté o purtugueis!
E num é pur mi gambá, falo i iscrevo muito bem! Sem errá nem ingasgá mió do que assim num tem! Devogada das galinha, foi a triste sina minha, qui discarrilhô o trem.
Nu cumeço inté que não... o povo tudo apraudia, ispaiava sem pará, fizero inté freguesia. Era uma festa danada, cum aquela galinhada, galinhano noite e dia.
Mai o tempo foi passano, e nada delas pará... A galinhada fervia, na net, a cacarejá. Quando meno ia isperano, o cordel tava rodano, a si disingavetá.
Eu fui cá mi aborreceno, chegava a mi dá gastura, passava mar do intistino tinha difruxo e tuntura... Cheia de boa intenção, danei cas inspiração, quasi vô pa sipurtura.
Muié já num tinha mais, galinha pa todo lado, quando achava que cabô chegava oto ingradado. E minera é que mai tinha, armaro inté uma rinha, e versejavam imbolado.
Mi prestaro homenagi, mi mandaro inté presenti, otra mi telefonô, cuma proposta indecenti. Eu saquei a da mocinha, era meiga... mei_galinha, e nem iscondi da genti.
Pá incurtá essa prosa torta, fiquei macha e dei um basta! Num defendo mai galinha, e mai nada dessa casta. Oceis si vira, si arranja, quem quisé que vire canja, pur favô di mim si afasta!
Ceis pensa que adiantô? Té pareci, quem mi dera! Isso agora virô karma, vai travessá potra era. E se ocêis qué sabê, agora é galinha ET qui mi mandaro divera.
Eu to chorano gritado, to perdida, incurralada, si as galinha num acarmá eu vô dá uma afastada. Módi que já to preveno, que as piranha tão quereno mi numeá devogada!
Santios, 07/01/2010 www.amoremversoeprosa.com
cocoricocorrrrrrrrrrrr
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herculano alencar Amigo Prata
Data de inscrição : 16/07/2009 Localização : São Paulo
| Assunto: Re: O karma da Bêra Mar Sex Jan 08, 2010 10:14 pm | |
| Aplausos! Beijos, Herculano | |
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Tere Penhabe Amigo Bronze
Data de inscrição : 02/01/2010 Localização : Santos SP
| Assunto: Re: O karma da Bêra Mar Qui Jan 14, 2010 5:42 am | |
| Herculano, grande Poeta! Que prazer vê-lo por aqui, valeuuuuuuuuuuu | |
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| Assunto: Re: O karma da Bêra Mar | |
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